"Porreiro, pá", segredou Sócrates a Barroso

O primeiro-ministro não cabia em si de contente pela vitória do tratado.
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Os bastidores de uma cimeira informal com este tipo de envergadura têm sempre histórias para contar. Os protagonistas variam, desde os líderes dos 27, até à organização ou à segurança . O DN dá conta de alguns episódios.

A descontracção de Sócrates

Numa altura em que ainda estavam ligados os microfones na sala da conferência de imprensa da presidência, quando ao início da madrugada foi anunciado acordo sobre o tratado, Sócrates voltou-se para Barroso e exclamou descontraído: "Porreiro, pá!". Os jornalistas estrangeiros precisaram da ajuda dos colegas portugueses para tentar perceber qual a melhor forma de traduzir aquela expressão. À chegada para o último dia da cimeira , no início da manhã de ontem, Sócrates disse que "foi uma noite bem passada".

O chamamento do rio Tejo

Alguns dos participantes da cimeira de Lisboa não resistiram a fazer um passeio à beira do rio Tejo. O chefe do Estado francês, Nicolas Sarkozy, foi um deles. No dia a seguir ao anúncio oficial do seu divórcio, o líder da França, ainda de aliança, resolveu ir arejar, antes de entrar no Pavilhão Atlântico para participar no encerramento da cimeira . Sarkozy decidiu contornar a segurança e apreciar, ainda que por breves momentos, a vista sobre o rio Tejo. O mesmo fez a vice-presidente da Comissão Europeia, Margot Wallstrom, na quinta-feira à tarde, depois de sair do almoço do PSE no Pavilhão de Portugal.

O espumante da vitória

Os chefes do Estado e do Governo e os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE brindaram ao nascimento do novo tratado reformador com espumante Murganheira. Abraços, apertos de mão e sorrisos compunham a moldura da vitória.

A campanha eleitoral polaca em directo a partir de Lisboa

A campanha eleitoral polaca mudou-se para Lisboa na quinta e sexta-feira. Quase de hora a hora, um responsável do gabinete do presidente polaco, Lech Kaczynski, ia ao centro de imprensa dar conta da evolução das negociações, em polaco, o que obrigava os jornalistas de outros países a entrevistarem depois os seus colegas. Tudo era transmitido em directo pelas televisões e rádios de Varsóvia. Já quase à uma da manhã de sexta-feira, Kaczynski, irmão gémeo do primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski, veio em pessoa dizer aos jornalistas que tinha conseguido tudo o que queria. Era o exibir do triunfo no derradeiro esforço para dar aos conservadores a vitória nas eleições de amanhã.

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